Isso aqui tá parecendo mais uma coisa melancólica, mas não é a da minha natureza ser assim. (será que acaba sendo?) no primeiro post, eu dava cores castanhas a tal meiguice, um banquete de rosas, um sorriso de ponta a ponta, é bem uma metáfora: ter os pés às nuvens. Mas o estranho é a fração de segundo em que tudo isso dura, é tão pouco que não dá tempo nem de se expressar, nem de dar aquela pausa respiratória e dizer ‘’fiquei’’, aquela ansiedade em construir, sem que nada possa ser destruído depois. Fica um pouquinho difícil acreditar em coisas duradouras (pra não dizer logo, ''pra sempre'')
Acho que preciso de férias, férias sossegadas no meu refúgio... O sossego vai ficar pra mais tarde, eu sei, mas sei também que em breve elas chegam. Até lá boto meu mundo em ordem, dou mais atenção pro que gosto e pra mim, vejo o que deixei pra trás e anseio de olhos fechados o que vem pela frente. A voz se cala, uma música calminha toca por aqui. Enfim, acho que as coisas começam a se ajeitar, mesmo eu não sabendo muito bem por onde (quase que absolutamente) Enquanto deixo uma parte de mim pra trás, outras eu não consigo ver o fim tão cedo. Das poucas coisas que eu tenho certeza nessa vida, uma delas é que tudo é incerto. Acho que a palavra de hoje é contradição.
Preciso de um trago.
Um beijo.
sábado, 28 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
e aí lembrei de nós

Parecia um pouco vulgar falar dela depois de tanto tempo, mas eu ainda tenho o que dizer. Sou eu de novo. Alguns comentários ordinários sobre como o meu rosto era delicado, como os meus olhos eram lindos, e como eu estava linda naquela noite. E eu gostei de ouvi-la falar - não que eu acredite no que dizem quando querem nos comer, mas se tivesse ficado calado talvez eu não lembrasse da cena. Alguns comentários inúteis sobre o tempo, sobre a brisa. Mas não era tão especial, e tinha acabado, naquela noite. Naquela noite foi o fim, e presumo que ela nem imaginava, mas foi alí, bem alí onde eu deixei de me importar; precisar; talvez até amar. Ela bem que fazia o meu tipo, era a mulher perfeita, e fez bem seu papel em todo aquele tempo. Eu até ria das piadas sem graça dela. É fácil dizer que ela agiu daquele jeito pra disfarçar. O que importa é que ficou, apesar de não estar, passou, e voltou, e foi de novo. Mas mesmo assim tem dias em que fica, e que é. Percebe? Beijos de tchau, do suor que escorria, da distância de diálogo proveitoso, da loucura dela, dos meus cigarros, se perdeu e eu não achei o que precisava. De repente eu não achei mais. Lembrei de nós.
sábado, 14 de novembro de 2009
..tudo diferente de um jeito bate.

''Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta..
..A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Você passa, eu paro
Você faz, eu falo
Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem
Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo
Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate..''
Maria Gadú- Tudo diferente.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
o que te sobra além das coisas casuais?

Eu tenho certeza que essa música vai me fazer sentir saudades.
Assim como tenho certeza que é tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros..(e eu os tenho muito). Debrucei a cabeça sobre a mesa como se chorasse. Apenas como. Não havia porquê, e eu sempre pensava que devia haver uma motivação a orientar qualquer gesto meu.
Outro dia.. dirigi pela primeira vez numa estrada. Agora só quero dirigir por estradas. Saca?
Eu juro que, tanto essa saudadezinha leve, como esse incômodo, essas coisas importunantes.. vão passar. Que essa coisa de pra sempre (sem aspas), ou vai deixar de existir ou vai, de vez ser aparente, tanto quanto o que eu me jogo, e me enrolo no próprio pedal da minha bicicleta. Doem aquelas correntes, né? Eu sei.
‘’Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.’’
Eu destruo o que levo anos pra construir. Eu perco pessoas.
Eu perco aquele pedaço mais bonito da conquista, eu perco a sensatez e até mesmo o equilíbrio. Eu perco a mim mesma e perco todas as chances e outras chances possíveis. Eu perco oportunidades e me perco na estrada. Eu perco o coração e não o encontro por aí, na estrada, o orgulho anda colado comigo. Eu perco a vontade, eu perco o que é (e parece ser) superficial, mas nunca a vaidade. Eu perco o sono, quase todos os dias. E perco também a noção do tempo. Eu te perco, e nunca te acho. Eu perco a noção dos passos, das dores, das intensidades, das saudades, dos afagos, da perseguição. Perco pedaços (nunca por inteiros) e sobrevivo sem eles, mas com aquele aperto. Não perco a saudade, é, não. Perco o útil, mas não perco o inútil. Eu necessito todos os dias de uma dose de você, e que você precise de uma dose dupla, do meu consolo, do meu carinho e do meu abraço. Eu preciso de perguntas indiscretas e também as sem noção, preciso da gargalhada gostosa e até mesmo daquele sermão. (sim, aquele!). Preciso ficar junto, bem colado, grudado. ‘’Eu gosto assim, juntinho.. sem caber de imaginar. Preciso de outros ares, de outras cores, de outros eu’s, de outros passos, de outros abraços. Preciso ficar sozinha, ficar serena, inteira e assim, sobrevivo.
Eu mais perco, do que preciso. E eu sempre preciso, do que perco em primeiro. Dá pra entender assim? Eu não sei o que mudou, eu sei que essa diferença que ta fazendo, me dá agonia. E não é como aquela saudadezinha leve, é estar na estrada mesmo e dizer ‘e agora?’ Escolher teus caminhos nunca foi a tarefa mais fácil, magoar aos outros é bem mais fácil. Viver com os defeitos é um saco, queria destruí-los.
Queria ter me sentado mais perto, não importa se a televisão estava ligada ou não. Se tinha assunto, ou não.. (passou a não fazer diferença, aquilo) Importa que se eu senti frio e quando devia, não cheguei mais perto, não me aqueci. Não soltei aquela frase de ‘está tudo bem, estou contigo’ ... não parecia perto, muito menos junto. A verdade é que, não me pareceu real. Se o tempo passou rápido? Não. Se eu senti saudades? Senti. Seu eu pedi um conforto? O tempo todo. Dela? Não sei dizer. Eu sei que eu peço todos os dias o que quase ninguém pode me ouvir e menos, me dar. eu não disse ‘aperta a minha mão?’ eu devia ter pensado menos, ter agido mais. Eu devia, e ainda devo. De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão, pra se perder no abismo que é pensar e sentir. E agora o que sobrou? Um filme no close pro fim. Fazer backup é demorado. Principalmente porque a gente vai descobrindo que guarda tanta coisa desnecessária, e entre elas, lembranças que nem deviam estar mais ali.E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz. Quem então agora eu seria?
Latente em minha cabeça, não as tuas palavras, mas sim as dores e não as que você me causa (eu te causo muitas outras delas). Não é a tua presença que me abate, é a tua ausência, mesmo. Não é a tua mão que me esquenta nesse frio da noite, são mantas como aquelas que a gente ria (e nem nos cobríamos). São em dias como hoje que eu olho pela janela e imagino lá fora alguém como você. Alguém perdido, entre o que eu te roubei e o que tu me deixou. Frio lá fora, febre aqui dentro.
Assim como tenho certeza que é tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros..(e eu os tenho muito). Debrucei a cabeça sobre a mesa como se chorasse. Apenas como. Não havia porquê, e eu sempre pensava que devia haver uma motivação a orientar qualquer gesto meu.
Outro dia.. dirigi pela primeira vez numa estrada. Agora só quero dirigir por estradas. Saca?
Eu juro que, tanto essa saudadezinha leve, como esse incômodo, essas coisas importunantes.. vão passar. Que essa coisa de pra sempre (sem aspas), ou vai deixar de existir ou vai, de vez ser aparente, tanto quanto o que eu me jogo, e me enrolo no próprio pedal da minha bicicleta. Doem aquelas correntes, né? Eu sei.
‘’Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.’’
Eu destruo o que levo anos pra construir. Eu perco pessoas.
Eu perco aquele pedaço mais bonito da conquista, eu perco a sensatez e até mesmo o equilíbrio. Eu perco a mim mesma e perco todas as chances e outras chances possíveis. Eu perco oportunidades e me perco na estrada. Eu perco o coração e não o encontro por aí, na estrada, o orgulho anda colado comigo. Eu perco a vontade, eu perco o que é (e parece ser) superficial, mas nunca a vaidade. Eu perco o sono, quase todos os dias. E perco também a noção do tempo. Eu te perco, e nunca te acho. Eu perco a noção dos passos, das dores, das intensidades, das saudades, dos afagos, da perseguição. Perco pedaços (nunca por inteiros) e sobrevivo sem eles, mas com aquele aperto. Não perco a saudade, é, não. Perco o útil, mas não perco o inútil. Eu necessito todos os dias de uma dose de você, e que você precise de uma dose dupla, do meu consolo, do meu carinho e do meu abraço. Eu preciso de perguntas indiscretas e também as sem noção, preciso da gargalhada gostosa e até mesmo daquele sermão. (sim, aquele!). Preciso ficar junto, bem colado, grudado. ‘’Eu gosto assim, juntinho.. sem caber de imaginar. Preciso de outros ares, de outras cores, de outros eu’s, de outros passos, de outros abraços. Preciso ficar sozinha, ficar serena, inteira e assim, sobrevivo.
Eu mais perco, do que preciso. E eu sempre preciso, do que perco em primeiro. Dá pra entender assim? Eu não sei o que mudou, eu sei que essa diferença que ta fazendo, me dá agonia. E não é como aquela saudadezinha leve, é estar na estrada mesmo e dizer ‘e agora?’ Escolher teus caminhos nunca foi a tarefa mais fácil, magoar aos outros é bem mais fácil. Viver com os defeitos é um saco, queria destruí-los.
Queria ter me sentado mais perto, não importa se a televisão estava ligada ou não. Se tinha assunto, ou não.. (passou a não fazer diferença, aquilo) Importa que se eu senti frio e quando devia, não cheguei mais perto, não me aqueci. Não soltei aquela frase de ‘está tudo bem, estou contigo’ ... não parecia perto, muito menos junto. A verdade é que, não me pareceu real. Se o tempo passou rápido? Não. Se eu senti saudades? Senti. Seu eu pedi um conforto? O tempo todo. Dela? Não sei dizer. Eu sei que eu peço todos os dias o que quase ninguém pode me ouvir e menos, me dar. eu não disse ‘aperta a minha mão?’ eu devia ter pensado menos, ter agido mais. Eu devia, e ainda devo. De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão, pra se perder no abismo que é pensar e sentir. E agora o que sobrou? Um filme no close pro fim. Fazer backup é demorado. Principalmente porque a gente vai descobrindo que guarda tanta coisa desnecessária, e entre elas, lembranças que nem deviam estar mais ali.E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz. Quem então agora eu seria?
Latente em minha cabeça, não as tuas palavras, mas sim as dores e não as que você me causa (eu te causo muitas outras delas). Não é a tua presença que me abate, é a tua ausência, mesmo. Não é a tua mão que me esquenta nesse frio da noite, são mantas como aquelas que a gente ria (e nem nos cobríamos). São em dias como hoje que eu olho pela janela e imagino lá fora alguém como você. Alguém perdido, entre o que eu te roubei e o que tu me deixou. Frio lá fora, febre aqui dentro.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
anyone else but you..

You're part time lover
And a full time friend
The monkey on the back
Is the latest trend
Don't see what
Anyone can see
In anyone else
But you
Here is a church
And here is a steeple
We sure are cute
For two ugly people
Don't see what
Anyone can see
In anyone else
And here is a steeple
We sure are cute
For two ugly people
Don't see what
Anyone can see
In anyone else
But you
We both have
Shiny happy fits
Of rage
I want more fans
You want more stage
Don't see
What anyone can see
In anyone else
But you
Shiny happy fits
Of rage
I want more fans
You want more stage
Don't see
What anyone can see
In anyone else
But you
I'm always tryin'
To keep it real
Now i'm in love
With how you feel
I don't see
What anyone can see
In anyone else
But you
To keep it real
Now i'm in love
With how you feel
I don't see
What anyone can see
In anyone else
But you
kiss you
On the brain
In the shadow
Of the train
I kiss you
All starry eyed
My body swings
From side to side
I don't see
Wwhat anyone can see
In anyone else
But you
On the brain
In the shadow
Of the train
I kiss you
All starry eyed
My body swings
From side to side
I don't see
Wwhat anyone can see
In anyone else
But you
The pebbles forgive me
The trees forgive me
So why can't
You forgive me?
I don't see
What anyone can see
The trees forgive me
So why can't
You forgive me?
I don't see
What anyone can see
In anyone else
But you
But you
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
...

Estão os dois, à mesa do restaurante. Olham-se. Seus olhos não são os olhos ingênuos que contemplam as cenas de felicidade das telas de Larsson. A cena, refletida nos olhos do outro, não é uma cena de felicidade. Seus olhos procuram a felicidade que se perdeu. Mas como se perdeu? O rosto não é o mesmo, aquele mesmo rosto que, jurei para mim mesmo, haveria de amar para sempre? Olham um para o outro (tantas vezes fizeram isso!) – e fica não dita a pergunta que nenhum tem coragem de fazer: “Que é que fez com que a rosa que florescia deixasse de florescer? Que é que fez com que a rosa que só florescia rosas, agora floresça espinhos?”O jantar termina. E cada um vai para a sua solidão. Lá, longe do outro, é finalmente possível amá-Ia. Na distância o outro não perturba a sua bela imagem. Ela está no retrato, como sempre esteve, imperturbada, sempre a mesma, congelada eternamente. E cada um sorri.
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