quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

sentimentos tão urgentes


E o que se leva dessa vida e o que se traz? É. Ano novo, é mais um recomeço de muitos. É mais uma conquista /ou entre tantas outras não-realizadas, novos sentimentos, novas angústias também. Amadurecimento, inconstância na maior parte dos meus dias. Confusão. Você na medida certa, você na medida errada. Novas rotas e também algumas decisões a serem enfrentadas. E o preço que se paga por isso? Eu realmente não sei, mas tô aqui pagando pra ver.


Tenho imensos planos daqui pra frente, muitos deles eu poderia deixar de complicar, né? Essa semana foi muito boa, foi gostosa de se viver. Sabe aquela sensação que você tem de que não acabe nunca? De que fique, e pra sempre. Sabe os planos feitos? As palavras ditas.. até porque as palavras não traem o que a gente sente, mesmo eu sendo impulsiva, na maioria, dos meus dias. Sabe aquela vontade de viver? Sentir borboletas no estômago por vários dias seguidos? Eu odiaria deixar de sentir isso.


Deitadas. Eu gostava daquela marca no ombro porque era a única que eu conseguia ver quando ela deitava a cabeça no meu peito e me abraçava de olhos fechados, muito quieta. Eu não. Meus olhos permaneciam abertos todo o tempo. Mirando o vértice na parede, o um-quarto-de-círculo que fazia parte do banheiro, a luminária; e vez ou outra a marca no ombro dela.
Vez ou outra também ela me perguntava o que eu estava pensando. Nada – sempre respondia nada. Mas na verdade eu queria falar que a todo momento eu dizia coisas infinitas. Coisas como aquelas de como eu me sentia em sua companhia, de como ela poderia ser tão especial e como me afetava; falava até coisas que eu não me permitiria falar tamanha a sinceridade e nudez sentimental. Ela me perguntou de novo o que eu pensava olhando fixo pra luz.
“Fico o tempo todo falando coisas que você não escuta.”
Eram coisas muito frágeis, por isso havia de ser dito daquela forma.
Porque eu olhava e falava tanto. Ficaria sem saliva e ruborecida se eu não estivesse só pensando. Seria pra sempre um monólogo de encanto e saudade.


Quero agradecer pelos dias de sol (e muito sol), e até mesmo pelos dias de chuva, porque se não fossem eles e algumas lágrimas perdidas por aí, seríamos traídas pelo nosso sentimento e agiríamos sempre na razão, da qual achamos sempre que estamos certas. Obrigada pela companhia e pelo abraço.Pelas palavras ditas e até pelas não ditas (mas pensadas). Obrigada pelo silêncio e por sua pele macia (até demais). Obrigada por me deixar dividir as minhas conquistas diárias e até as besteiras que eu sempre (eu disse, sempre) digo. A saudade dói de uma maneira em que só seu abraço me conforta. De como você me irritava de vez em quando e como isso me fazia querer te abraçar eternamente; E mesmo assim.. arrancava de mim as gragalhadas mais gostosas dessa vida. (você pode senti-las, né?). Eu também.


Obrigada pela sinceridade e pela tamanha proteção (eu gosto de me sentir protegida), é quando eu me vejo tão indefesa. Obrigada pelas risadas e até pelas mordidas. Por ser tão linda e atenciosa, por demonstrar tanto afeto e me querer perto de ti. Obrigada por todos os dias e por todas as noites, pelos riscos que corremos e por me querer tão bem, tão inteira. Obrigada pela compreensão e pelo carinho, por abrir a porta, por fechar a porta. Pela delicadeza e bom-humor, por coisas precisas e imediatas, pelos sorrisos e até mesmo por me irritar tanto. Obrigada por me ensinar a lutar (o legal é poder usar contra você depois, haha) e mesmo que você tenha me derrubado, aprendi que cair também é legal. Obrigada por fazer sentir-me tão boba e mesmo assim acreditar em mim. Também por segurar a minha mão, e não me deixar tropeçar.


Será impossível esquecer esses dias que eu passei ao seu lado, vou sentir falta do nosso travesseiro, do seu cheirinho, até do seu zipo. Não vou esquecer do quanto é bom passar ao seu lado, e ter a sensação de que o dia já virou noite, e a gente continuando alí, no mesmo lugar. Seria bom acordar todos os dias com a sua companhia agradável, é quase-tudo que eu podia querer. Existem sentimentos tão íntimos entre nós, que apenas nós duas nos bastamos; é suficiente que todo o desejo seja passado apenas da minha boca para a sua e vice-versa.


O meu sentimento é tão urgente que ele nem tem nome.


Mas eu estarei aqui, pensando em você.